terça-feira, abril 10, 2007

Concepções Ingênuas




De acordo com o texto Concepções Ingênuas, todos trazem consigo “teorias precoces”, alaboradas a partir do que, vemos, observamos e ouvimos, de nossas experiências pessoais. Deste modo é difícil uma mudança de opinião, uma mudança conceitual, mesmo quando nos deparamos com aulas que contradizem completamente nossas idéias e pré-conceitos.
É o que acontece na maioria de nossas escolas, nas aulas as idéias e os pré-conceitos de nossos alunos, são apenas contrariados, eles podem até tirar notas boas nas provas, mas decorando e não mudando sua forma de pensar, está aí um ponto fundamental e que está sendo deixado de lado.
As concepções anteriores continuam existindo e em uma outra situação o que foi estudado estará esquecido, pois fazem o que o professor diz para passar na prova e voltam a pensar como antes.
Neste sentido faz-se necessário repensar nossas aulas, rever nossos conceitos e começar a aproximar nossos alunos de um conhecimento cientificamente construído.
Dizer o que é e como é, não é o caminho. É preciso ajudá-los, orientá-los a descobrir o caminho para o verdadeiro. Aguçar sua curiosidade fazê-los ter dúvidas, desequilibrar suas idéias prontas, para que possam revisá-las, buscar novas possibilidades e construir um novo conhecimento, desta vez cientificamente.

segunda-feira, abril 09, 2007

O Ancestral Humano e o Futuro da Humanidade




O texto “O ancestral humano e o futuro da humanidade”, foca a vida e a luta de Jean Piaget um dos mais importantes pesquisadores e teóricos do século XX. Ele foi o propositor da epistemologia genética, por intermédio do qual ao longo de toda vida buscou comprovar teórica e experimentalmente algumas hipóteses fundamentais sobre o conhecimento humano. Realizou centenas de experimentos com muitos colaboradores.
Por intermédio do “método clínico” desenvolvido por ele, constituiu em criar situações concretas em que perguntas ou tarefas são propostas às crianças. Para Piaget, as crianças têm como problema reconstruir, criar, inventar, descobrir valores, esquema cognitivos, afetivos e sociais, fundamentais ao seu processo de desenvolvimento, para isso dependem dos adultos que delas cuidam e lhes ensinam. Mas nem sempre sabemos respeitar, observar ou compreender nossas crianças, nossos alunos.
Hoje mais que nunca há uma grande necessidade de valorizarmos a educação e o cuidado das crianças como um presente que garante ou ameaça o futuro da humanidade. Vivemos um problema de gerações, em nossas escolas apesar de receberem uma educação formal, não vêem sentido nesta aprendizagem e nos modos como os professores lhes ensinam, passam ano após anos sem entender nada.
Na escola ideal para nossas crianças é fundamental que os adultos, professor e outros responsáveis por sua educação, considerem seus recursos de aprendizagem e desenvolvimento, mais que isso, é fundamental que considerem os interesses da criança.
Há muitos modos de construir um conhecimento, e cabe a nós adultos responsáveis por elas (as crianças), encontrar a melhor maneira, não é um autor, seja ele qual for que vai nos dizer o que fazer, eles apenas estudam e nos orientam, mas não nos ensinam como fazê-lo, isto cabe a cada um de nós. É preciso considerar os interesses de cada um, onde nossas crianças possam reconstruir suas hipóteses, criar, inventar. Sabemos que a criança é a representante e o próprio futuro da humanidade e o adulto é o responsável pela transmissão e aperfeiçoamento crítico do legado de cultura e sociedade.

sexta-feira, março 02, 2007

Hora de Recomeçar


Abra seus braços, ocupe seu espaço.
Respire profundamente, é hora de recomeçar!
Permita que ilumine cada recanto obscuro de sua mente.
Recomece quantas vezes for necessário.
E, a cada recomeço você estará mais perto da perfeição.
Lembre-se... o verdadeiro sucesso somente pode acontecer quando se tem humildade para reconhecer que nem sempre a melhor atitude foi a primeira que se teve.
Sucesso é nunca desistir sem antes tentar todas as possibilidades...
Sucesso é não abrir mão daquilo em que se acredita, mesmo que o mundo pareça conspirar contra,
Sucesso é admitir seus erros e esforçar-se em corrigi-los,
Sucesso é acreditar...
Não existe algo inatingível se realmente o queremos,
Cabe a nós perceber as verdadeiras dimensões de tudo o que realizamos,
E sentir orgulho por tê-lo realizado!
Animem-se,
Sucesso a todos e um ótimo recomeço.

domingo, novembro 12, 2006

Projeto? O que é? Como se faz?


Há alguns anos quando ainda estava em sala de aula, escutava muitos professores dizendo que eram construtivista e que trabalhavam com projetos. Mas ao presenciar algumas situações, constatei que talvez eles quisessem inovar e trabalhar de forma diferente, mas em hipótese alguma eram construtivistas. E realmente desenvolviam projetos, mas estes projetos eram impostos por eles.
Conclui então, que alguns tinham descoberto uma nova forma de transmitir conhecimento e que outros (que já não tinham muita vontade de trabalhar) diziam ser construtivistas e aproveitavam a situação de mudança para deixar seus alunos a vontade sem nenhuma orientação. Os alunos “pintavam e bordavam” dentro e fora da sala, e chegavam ao final do ano sem ter progredido absolutamente nada.
Aí, vinham os seguintes comentários dos professores extremamente tradicionais: “Eu sabia, isso de construtivismo, projetos é mais um “modismo”, uma maneira de fugir do trabalho. Dar aula desse tipo qualquer um dá”.
Eles tinham razão em uma coisa: alguns desses professores realmente não estavam levando seu trabalho a sério, mas com certeza também não haviam compreendido o que realmente é o construtivismo e que ensino por projetos é diferente de aprendizagem por projetos.
Penso que muitos se equivocaram e continuam equivocando-se quanto aos termos; construtivismo e projeto. E que antes de optar por mudança é preciso conhecer a fundo sobre o que queremos mudar. Não posso ir dormir e quando acordar dizer: “Vou começar a ser construtivista”. Antes de tudo é preciso estudo, entendimento, pois nada é bem feito se não entendemos o que estamos fazendo.
Quando trabalhamos com projetos devemos considerar determinados aspectos para que haja unidade de propósitos, consistência de ações, sentido comum nos esforços de cada um e resultados sistematizados.
É necessário mudar, mas para mudar é preciso entendimento, e para que haja entendimento é preciso estudo, busca.



sexta-feira, outubro 27, 2006

Conteúdos: Para quê? Por quê?


“Tenho prova hoje! NÃO SEI NADAAAAAA. Não sei se vou conseguir decorar tudo.”

Quando somos obrigados a aprender conteúdos, motivados por fatores externos, recorremos à memória, acabamos por memorizar. Podemos até tirar notas boas, ótimas, o ano inteiro apenas decorando. Mas quem pode garantir que realmente aprendi?
É preciso rever nossa lógica de professor competente.
Já escutei muitas vezes o seguinte comentário:
“Repassei todos os conteúdos, eles saberão um pouco de tudo. Com certeza passarão no vestibular. Minha consciência está tranqüila.”
Na universidade o repasse de conteúdos continua...
E alguns anos mais tarde... nas principais manchetes:

PRÉDIOS DESABAM MATANDO VÁRIAS PESSOAS – É que o arquiteto sabia um pouco de tudo.

ERROS DE DIAGNÓSTICO E DE MEDICAMENTO MATAM CENTENAS DE PESSOAS TODOS OS ANOS – É que o médico sabia um pouco de tudo.

REPETÊNCIA E EVASÃO ESCOLAR CRESCEM A CADA ANO – É o professor que sabe um pouco de tudo!

Conseqüência... Um país com profissionais que sabem um pouco de tudo... e não sabem muito de nada.

Professor, é este o quadro que quer???

Se a resposta for sim, continue apenas vencendo seus conteúdos.


quinta-feira, outubro 26, 2006

Perguntas Inteligentes: O que é isto?


É extremamente intrigante como a maioria das pessoas, depois de alguns anos na escola deixam de ser curiosos, inventivos, confiantes na própria capacidade de pensar. O entusiasmo por explorações e por descobertas, a persistência nas buscas de soluções desaparecem!!!
Opa! Talvez não desapareçam! Acho que tudo isso está bem guardadinho, só está esperando uma oportunidade ou alguém que encontre uma maneira de trazer a tona àquela criança quando ainda estava em casa, que perguntava, que explorava, que não tinha medo de desafios.
Hei! É claro! O professor! Como não pensei nisso antes?!! E não será uma tarefa muito difícil, pois o aluno por si só, quando lhe é permitido, expressa suas dúvidas e formula questões significativas. E estas emergem de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, este processo se bem orientado pode render muito. A necessidade de mudança é grande e há grande condição para tanto.
O princípio de liberdade, estímulo e o desafio devem estar aliados à proposta de trabalho do professor, pois só atingimos o pleno desenvolvimento da inteligência e construímos novos conhecimentos em situações de confronto.
Pensem comigo... Nossas escolas possuem um currículo que atende a massificação do ensino. O planejamento é feito para um todo e querem que esse todo dê uma única resposta.
Sabemos que em uma única turma há grandes diferenças, nem todos pensam da mesma maneira, não possuem as mesmas condições nem as mesmas necessidades.
Então por que teimar em continuar a trabalhar desta maneira se está confirmado que os resultados não são bons?
Vamos ACORDAR! Só temos a ganhar! A surpresa pode ser grande!

terça-feira, outubro 24, 2006

Qual é a questão?



É absolutamente incoerente negar que é na interação que se realizam trocas.
Também não é possível deixar de constatar, que o conhecimento só nasce, a partir dos movimentos contidos nas dúvidas, nos conflitos, nas perguntas e nas incertezas. E é a partir destes que vivenciamos as soluções e alternativas para superar, encontrar respostas e atingir objetivos.
Mas então por que alguns educadores ainda teimam em seguir um currículo fechado, impor indagações as quais muitas vezes não leva a lugar algum?
Apesar do grande número de cursos, estudo, capacitações... a maioria dos educadores ainda pensam pelos alunos e propõe problemas que nem sempre são instigantes. Esquecem que em uma sala de aula, todos precisam se “encaixar” num todo maior e que se assim for, ocorre um envolvimento expresso através do respeito e da responsabilidade. E é na responsabilidade e no respeito que o professor estabelecerá com o aluno uma relação de confiabilidade. Aparecerá então a crença do professor no trabalho do aluno e do aluno no trabalho do professor. Portanto, este processo, esta confiabilidade não surge apenas de um dos lados, mas de maneira recíproca, onde o professor acolhe o aluno e o aluno participa com vontade e entusiasmo.
É neste momento que se exerce a interdisciplinaridade, pois exercer a interdisciplinaridade é “tecer” um ambiente interativo, onde os participantes estão entrelaçados pelos saberes que são capazes de produzir coletivamente.
O professor só tem a ganhar com esta interação, já que as indagações dos alunos, tendem a enriquecer o currículo.


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